Quinze linhas circulam entre meia-noite e 6 horas. Desde janeiro, fiscais expediram 113 autos de infração
Foto: Pedro Ventura
Atualizado em 15 de maio de 2015, às 11h15. A arte foi alterada porque continha erros de digitação.
Fiscais da Subsecretaria de Fiscalização, Auditoria e Controle fazem operações diárias nas Rodoviárias do Plano Piloto e de Taguatinga para garantir a regularidade do transporte público urbano de Brasília durante a madrugada, o conhecido Corujão. Desde janeiro, foram expedidos 113 autos de infração.
“Temos equipe nesses terminais rodoviários para verificar se as viagens estão ocorrendo conforme o previsto”, explica o coordenador operacional da subsecretaria, Felipe Leal. Além disso, são avaliadas as condições dos veículos e a existência das duplas de motorista e cobrador nas 15 linhas que trafegam entre meia-noite e 6 horas.
Na madrugada desta quinta-feira (14), durante auditoria da fiscalização, nenhuma violação foi constatada. De acordo com Leal, a subsecretaria — ligada à Secretaria de Mobilidade — tem feito reuniões constantes com as empresas de ônibus que apresentam infrações.
O furo de viagem, como os fiscais denominam a ausência de ônibus em determinado horário, obteve 102 registros desde o início do ano e lidera o índice de ocorrências. A multa para essa autuação é de R$ 540 por linha na primeira constatação, e R$ 1.080 para a reincidência.
Trabalhadores noturnos
As auditorias nas 15 linhas do Corujão se intensificaram desde 5 de maio, quando a Pioneira apresentou problemas nas operações. A linha com mais autos lavrados foi a 0.224, operada pela empresa e que liga a Rodoviária do Plano Piloto ao Gama e a Santa Maria, com 53 irregularidades — como comprometer a continuidade e cometer furo de viagem.
Há quatro meses pegando o Corujão, a auxiliar de serviços gerais Lucilene Carvalho, de 36 anos, moradora do Paranoá, percebeu melhoria na qualidade do transporte: “Já faz um bom tempo que não falta ônibus de madrugada, mas o principal é o fato de eles passarem sempre na hora marcada”.
Para o motorista José Valber, 41, a segurança é fundamental. Ele acredita que os fiscais precisam ficar de olho na situação dos veículos. “Vi alguns carros em condições ruins e fico com medo de pegar algum que pode quebrar ou se envolver em acidentes”, admite o morador de Samambaia.
O transporte público durante a madrugada é regulamentado pela Lei nº 877, de 28 de junho de 1995, criada pelo então deputado Rodrigo Rollemberg.
A Secretaria de Mobilidade orienta a população a reclamar na ouvidoria, no telefone 162. É importante anotar o número do ônibus, o dia e o horário em que o problema aconteceu.
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